O metabolismo é responsável por todas as reações bioquímicas
essenciais à nossa sobrevivência. Do total de energia gasto por uma pessoa em
um dia, cerca de 60% é usado para a manutenção das atividades vitais, como
respirar e manter os batimentos cardíacos. Os processos que garantem a
manutenção da vida não são tão diferentes de um indivíduo para outro. Já o
ritmo em que o organismo dará sequência a todas essas atividades é algo muito
particular
A prática de qualquer atividade física, por si só,
já dá conta de aumentar o gasto energético total. O exercício regular ajuda a
manter o metabolismo funcionando continuamente. Além disso, auxilia na
transformação da glicose e da gordura em energia, sem a necessidade de produzir
o hormônio insulina, que ajuda a engordar.
Embora qualquer tipo de exercício traga benefícios
à saúde, são esses os que permitem maximizar o rendimento do seu metabolismo.
As atividades resistidas garantem o aumento do volume do músculo e esse ganho,
por si só, é capaz de impactar positivamente o ritmo natural do nosso corpo. O
músculo precisa de mais energia para se manter vivo, ao contrário do tecido
gorduroso. Por isso, é capaz de queimar calorias até quando estamos em repouso.
Quando aumentamos a massa muscular, aceleramos a
taxa metabólica, que tem a ver com o gasto de energia diário. Para esse
objetivo, a musculação é a atividade mais efi ciente. Mas, para quem não se dá
bem com esse tipo de exercício, as aulas de ginástica localizadas também são
uma excelente pedida.
Além dos hábitos, outros
fatores influenciam no ritmo do metabolismo. Esses, infelizmente, não podem ser
mudadoscomo carga genética, sexo, idade, altura e peso: indivíduos que possuem
massa corporal menor, em geral, têm um metabolismo mais lento. A explicação é
simples: é preciso muito menos energia para manter vivo um indivíduo de 50 kg e
1,50 m do que uma pessoa que pese o dobro e tenha 1,90 m
Falando um pouco dos alimentos, os carboidratos
fornecem a matériaprima que, transformada em energia, permite que o corpo
realize todas as suas atividades normais. Além disso, são eles que dão
combustível aos músculos. Sem uma dose mínima de carboidratos, o metabolismo
funciona em câmera lenta e nossa disposição para todo tipo de atividade física
diminui consideravelmente. Toda a gordura do corpo se queima na fornalha dos
carboidratos. Ou seja, eles são fundamentais para que a gordura seja decomposta
e metabolizada e o indivíduo emagreça.Os grãos integrais são as melhores
pedidas.
A melhor dieta é aquela que
combina todos os tipos de nutrientes, em porções adequadas. Dietas restritivas,
que sugerem cortar por completo o consumo de carboidratos, proteínas ou mesmo
gorduras certamente vão trazer prejuízos à saúde. A ingestão de proteínas, por
exemplo, diminui a velocidade da digestão dos carboidratos, quando o consumo
das duas substâncias é associado. O resultado é que, assim, conseguimos
prolongar a energia e a ativação metabólica por mais tempo. Além disso, é a
proteína a principal matéria-prima para construção e reparo dos músculos.
Assim
como ela, as gorduras desempenham papel fundamental em nosso organismo. Quando
acompanhadas dos carboidratos, elas ajudam a estabilizar o nível de glicose no
sangue, aumentando a sensação de saciedade e impedindo que você coma mais do
que precisa e, consequentemente, engorde. Outra vantagem: se não tiver o mínimo
de gordura para queimar, seu corpo usará um combustível alternativo: os
músculos! O segredo para contar só com os benefícios desses dois grupos
alimentares é acertar na qualidade e na quantidade. As melhores proteínas são
as magras, obtidas a partir do consumo da carne de peixe, feijão e derivados da
soja, entre outros. No grupo das gorduras, fique com as insaturadas, que estão
presentes, por exemplo, no abacate, na azeitona, nas nozes e nos grãos de soja.
Ponha o seu metabolismo em dia!
Autora: Alessandra Almeida (Nutricionista da Clínica Andrea Santa Rosa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário